Coronel (de) Zé Ninguém até Sábado

Ele era as memórias que tinha de si prórprio. Mas as memórias, descobriu, eram um mutante fugidio. Não conseguia nem engavetá-las como gostaria ou aceder-lhes quando queria. Eram uma colecção viva de sobreposições, confusões e influências impostas de umas para as outras. Chegavam novas que modificavam as antigas, trocavam as datas, os nomes e ateviam-se até a substituir caras obrigando-o a não se lembrar das coisas. Combateu essa guerra durante meses a fim, anos sem fio até que se esqueceu de perder.







Aparece e (ar)risca com a memória até dia 17 de Abril no nº 354 da rua do Almada no Porto.

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